Ser imagem de Deus em nossas famílias

A relação familiar é um termômetro na vida de qualquer pessoa; a família é local de segurança, confiança, lealdade, sinceridade e entre outras virtudes. Porém, vivenciamos um tempo marcado por muros e barreiras, onde nós, cristãos, somos convidados a transpor toda e qualquer realidade, para ser a presença de Deus e, até mesmo, a restituir o que se perdeu em nossas casas.
O papa Francisco, em uma catequese às famílias, afirma que o cristianismo tem uma vocação especial ao convívio. Assim como Jesus Cristo, que além de ensinar com prazer, sentava a mesa com os discípulos para entregar o alimento do amor, verdadeiro e duradouro, somos convidados a fazer memória deste ato salvífico. Não apenas relembrar, mas revivê-lo!

Muitos milagres e muitas curas dão-se através das relações materna e paterna, seja por um olhar atencioso ou um carinho inesperado. E muitas feridas são causadas por essas mesmas relações. Por isto, o seio familiar deve ser um lugar de encontro latente com o próprio Cristo, deve ser na alegria e na hospitalidade.
Ser imagem de Deus em meio as divergências e incompreensões é um desafio. “Cada um de nós teve uma experiência de família. Em alguns casos, brota o rendimento de graça com maior facilidade que em outros, mas todos passamos por esta experiência”, afirma o papa Francisco. Nenhum caso está ou é perdido, desde que se tenha fé na presença de Deus e nas mudanças das histórias.

“Tira as sandálias dos teus pés, porque o lugar que te encontras é uma terra santa.” (Êxodo 3,5) É preciso acreditar que a terra que pisamos é santa, mesmo que as realidades das nossas famílias queiram ausentar nossas esperanças. E olhar para aquilo que mais causa incômodo ou cansaço em nós, convida-nos a tirar as sandálias para descobrir a presença de Deus e aniquilar-se para sinalizar que, mesmo conhecendo a verdade e buscando a conversão diariamente, somos miseráveis, sujeitos ao erro e, muitas vezes, injustos. Entretanto, ser imagem de Deus dentro de nossas famílias é buscar não cair em juízos, mas ser fonte de misericórdia, esperança e perdão.

A família que é gerada pelo amor de Deus e que acolhe o seu mistério no seio familiar, não pode se fechar em si mesma. Por ser um “lugar” de aprendizados, de construção identitária, onde aprende-se a ser pertença, é preciso continuamente alimentar as relações com o mundo, para que possam ser instrumento desse mistério salvador. A solidariedade na família reflete no mundo, para aqueles que estão à margem da mesma ou, até mesmo, os que não possui consciência das necessidades do mundo e que podem ajudar aqueles que precisam.
É perceptível a necessidade das famílias terem uma experiência de comunhão, neste tempo tomado pelo individualismo, instabilidade e egoísmo, para aceitar cada um como verdadeiramente são e não moldá-los às circunstâncias pessoais. Essa é a melhor contribuição para um crescimento humano e até mesmo espiritual, para que se torne uma pessoa melhor. Há momentos que alguns membros da família estão mais frágeis e a comunhão, o afeto, a atenção é o que corrompe a fragilidade. Ser família é abraçar as necessidades do outro, responsabilizando-se pelo auxílio e ações necessárias.

Amar a família é a melhor ferramenta para uma sociedade menos adormecida, respeitá-la é o menos instrumento para a sanidade social, para que sendo exemplo, aqueles que não foram providos por este amor ou que não tiveram a experiência de ter como sustento esse alicerce que é a família possa acreditar que existe condições para cultivar tais realidades futuras. São por esses motivos que a Igreja se posiciona aos cuidados das famílias atuais, pois acredita nas futuras gerações, nas famílias que gerarão do verdadeiro dom de Deus para o mundo!

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