Liturgia e Vida: Tempo Pascal

O início do tempo pascal se dá na Vigília Pascal, ou seja, no sábado de aleluia.

O Tempo Pascal é um período litúrgico que dura cinquenta dias.

“Os cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de Pentecostes devem ser celebrados com alegria e júbilo, como se se tratasse de um só e único dia festivo, como um grande Domingo” (Normas Universais do Ano Litúrgico, nº 22). O Calendário Romano vai mais longe e diz que “os cinquenta dias que vão do domingo da Ressurreição ao domingo de Pentecostes se celebram na alegria e no júbilo, como um único dia de festa, mais ainda como “um grande domingo”, citando nesta última expressão uma palavra de Santo Atanásio.

Este tempo é composto por sete domingos, visto que o primeiro é o Domingo da Ressurreição e os oito primeiros dias após a Ressurreição, formam a Oitava da Páscoa, celebrada como solenidades do Senhor (IGMR 23-24). Os domingos do Tempo Pascal são caracterizados pela alegria manifestada nos corações dos cristãos, pela fé no Ressuscitado e a lealdade ao nosso batismo ao qual ressuscitamos com Ele, assim proclamamos jubilosos o Aleluia, termo este que nos leva a louvar o Senhor, e que se repete na liturgia

É um tempo espiritual, por excelência, do ano litúrgico. É o tempo em que o Ressuscitado dá o Espírito: “Recebei o Espírito Santo”, e que se conclui precisamente com a efusão do Espírito Santo sobre os discípulos, que, uma vez “cheios do Espírito Santo”, aparecem no mundo como a “Igreja de Deus” da “Nova Aliança”. Cristo ressuscitado, “Primogênito dentre os mortos”, é, por isso mesmo, “Cabeça do Corpo da Igreja” (Cl 1,12ss). De fato, na Páscoa “unem-se o céu e a terra, o divino e o humano”.

Neste tempo pascal não se pode ficar na contemplação do Ressuscitado, mas deve implicar o testemunho dos frutos da Ressurreição, e esses não podem deixar de passar pela celebração e testemunho das “entranhas de misericórdia” do nosso Deus, ou seja pelo testemunho desse amor que nos faz querer, procurar e promover o bem do próximo, preferencialmente daqueles que se encontram, necessitado desse encontro com o ressuscitado,  levando o irmão a ter, uma vida escondida, vivida na vida nova, porque está vida do homem novo, que o Senhor ressuscitado,  anima toda a existência cristã e exprime-se em tudo o que é vitória sobre o pecado e a morte. Essa novidade de vida em Cristo é uma das notas mais postas em realce nos textos da liturgia do Tempo da Páscoa, e não devemos viver diferente.

Que nesta Páscoa, significando a passagem de um modo de viver para outro, ou seja, um novo êxodo, possamos todos os domingos ser vivificados “pelo Corpo santo da mesma Páscoa Salvadora, e marcados em nossas almas com o seu Sangue precioso (Eusébio de Cesaréia, Sobre a Páscoa, 12).

Elton Sousa – Consagrado Comunidade Católica dom de Deus.

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