Liturgia e Vida: Rogai por nós, Mãe Aparecida!

Para entendermos como surgiu a devoção a Nossa Senhora Aparecida é necessário compreender um pouco do contexto histórico e geográfico do tempo. Tudo começa em outubro de 1717 com a notícia de que o Conde de Assumar e Governador das Províncias de São Paulo e Minas de Ouro, Dom Pedro de Almeida, passaria pela Vila de Guaratinguetá (situada no Vale do Paraíba – SP) a caminho de Vila Rica (cidade de Ouro Preto em Minas Gerais nos dias atuais). É importante sabermos que a distância entre uma cidade e outra é de aproximadamente 517km, portanto, uma viagem desgastante para qualquer pessoa já que as condições de transporte eram totalmente diferentes das atuais.

O povo de Vila Rica feliz por receber D. Pedro de Almeida preparou uma grande festa a fim de agradá-lo e, por isso, o senhor Felipe Pedroso e outros dois pescadores saíram para o Rio Paraíba do Sul, mas nada pegaram na primeira vez que lançaram a rede. Antes de jogarem novamente fizeram uma prece à Mãe de Deus para que os ajudassem. Tentaram pela segunda vez e para surpresa destes homens, apanharam o corpo da imagem de Nossa Senhora da Conceição sem a cabeça. Jogaram pela terceira vez a rede e emocionados, apanharam a cabeça dessa mesma imagem que se encaixava perfeitamente. Certos de que era uma intervenção divina, resolveram lançar a rede novamente e pegaram tantos peixes que tiveram de voltar para a margem com medo de afundarem com o barco. Aconteceu então o primeiro milagre. Depois desse episódio, a imagem permaneceu na casa de Felipe Pedroso por 15 anos, onde muitos vizinhos e amigos se reuniam para rezar diante da imagem. Com isso, a notícia e a fé em Nossa Senhora da Conceição Aparecida (Aparecida justamente por ter aparecido aos três humildes pescadores naquele rio) foi aumentando e se difundindo a tal ponto pelo Brasil a fora que o vigário de Guaratinguetá construiu uma capela no Morro dos Coqueiros no ano de 1734 (atual Basílica Velha). Os romeiros e devotos eram tantos que em 1955 começou a ser construída, com o apoio dos missionários Redentoristas e dos Senhores Bispos outra Igreja maior para comportar tantos fiéis, declarada oficialmente pela CNBB em 1984 como Basílica de Aparecida Santuário Nacional, o maior Santuário Mariano do mundo.

Foi proclamada nossa padroeira em 16 de julho de 1930 com o decreto assinado pelo Papa Pio XI a pedido dos bispos brasileiros. Sua festa passou a ser comemorada no dia 12 de outubro somente a partir de 1980 com a visita à Basílica do Papa da época e hoje, São João Paulo II.

Como vimos, a fé se espalhou por todo o Brasil a partir de uma grande experiência que três humildes pescadores tiveram com Nossa Senhora anos atrás e assim continua até os dias atuais. Podemos ver por todo o país uma grande devoção, porém é na região Sudeste e também nas regiões Norte e Nordeste que a devoção a este título de Nossa Senhora tem grande expressão sendo bem enraizada e passando de geração em geração. Tenhamos nós a mesma confiança e fé em Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil nestes tempos de grandes dificuldades, provações, medo e instabilidade em toda nação. Peçamos sempre a sua poderosa intercessão por todos nós e por nosso país.

“Senhora Aparecida, o Brasil é vosso! Rainha do Brasil, abençoai a nossa gente. Paz ao nosso povo! Salvação para a nossa Pátria! Senhora Aparecida, o Brasil vos ama! O Brasil, em vós confia! Senhora Aparecida, o Brasil vos aclama: Salve, Rainha! ” (Leme, Dom Sebastião. Rio de Janeiro, 1930. Por ocasião da proclamação oficial).

 

Nossa Senhora Aparecida, rogai por nós!

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