Espiritualidade Cristã: Maria, mãe e mestra

Neste mês de outubro, encerramos na Igreja do Brasil o Ano Mariano, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em virtude dos 300 anos da aparição de Nossa Senhora Aparecida em nosso país. O mês culmina também com o centenário da última aparição da Virgem às crianças em Fátima, Portugal. Diante de tamanha providência, podemos pensar: o que essas duas aparições têm em comum? E o que podem nos ensinar para que nos tornemos melhores cristãos?

1. Em ambas, Maria aparece a pessoas humildes. No Brasil, ela se manifesta aos pescadores Domingos Martins Garcia, João Alves e Felipe Pedroso, e em Portugal a três pequenos pastores, dos quais dois já foram canonizados: Jacinta, Francisco e Lúcia. Muito além da pobreza material, esses personagens tinham em comum a pobreza de Espírito, que gerava neles um coração esvaziado e disponível a acolher a mensagem de Deus para o seu povo, seja ela manifestada pelo encontro de uma silenciosa imagem ou pelo diálogo direto com a Mãe de Deus que se fazia ver. E assim também devemos buscar que seja o nosso coração: despojado e disposto a receber as moções e palavras do Céu para nós e nossos irmãos.

2. Nas duas aparições Maria nos inspira a oração. Em Fátima, de maneira mais direta e insistente, rogava às crianças e aos que estivessem junto delas que rezassem o Santo Terço todos os dias para a salvação dos pecadores e a paz no mundo. Em Aparecida, pelos milagres ocorridos por sua intercessão, levava o povo a se unir em oração e clamores por diversas causas e despertava a devoção popular. Da mesma maneira, a presença de Maria deve nos impelir para a oração e a penitência, sejam elas comunitárias ou pessoais e em favor próprio ou de outros que necessitem.

3. A memória das aparições foi eternizada pela construção dos Santuários.Tanto em Portugal como no Brasil, a recordação das aparições foi perpetuada pela edificação de um Santuário, no qual ainda hoje homens e mulheres de diversas regiões podem experimentar a presença de Deus e Sua ação extraordinária. De igual modo, nós também somos chamados a fazer memória das experiências vividas com Deus e atualizá-las diariamente, fortalecendo, assim, a nossa fé diante dos momentos de aridez e permitindo-nos crescer em nossa vida espiritual. Quando vivemos dessa forma, nos tornamos também santuários vivos onde as pessoas de nosso tempo podem ver e provar da graça divina.

Sendo assim, podemos notar que em ambas as ocasiões Maria nos deixa indicações acertadas para chegarmos ao Céu: o esvaziamento de coração, a proximidade de seu Filho pela oração e a perseverança na fé e testemunho de vida. Certamente, por esses passos, chegaremos mais perto da felicidade desejada por Jesus para cada um de nós.

Julia Klopper – Discípula da Comunidade dom de Deus

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