Liturgia e Vida – As devoções da Igreja para cada mês do Ano

 

A Igreja procura santificar o ano todo celebrando a cada dia os Santos do dia ou atraves das festa e solenidades especiais. Mas também a cada mês do ano, a Igreja dedica uma devoção particular. A escolha dessa devoção mensal é feita com base em algum acontecimento histórico ou alguma celebração litúrgica especial.

Estas devoções surgiram espontaneamente ao longo da vida da Igreja, e nem sempre é possível se determinar exatamente a data e o local de sua origem. E isso pode mudar de um país para o outro, dentro da unidade da Igreja respeitando a saudável diversidade, especialmente as diferenças culturais do Ocidente e do Oriente Católicos.

O mês de junho é o mês do sagrado coração de Jesus. Uma devoção que começou por volta do ano 1620, um pedido de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque. Esse pedido foi divulgado no mundo por São Claudio de La Colombiere, que era diretor espiritual da Santa naquela época. Era um tempo em que havia uma perigosa heresia chamada jansenismo, que impedia os católicos de comungarem com frequência e incutia medo de Deus nas pessoas. A devoção ao Sagrado Coração quer mostrar um Jesus humano, misericordioso, pronto a perdoar como o Pai do filho pródigo; e que encoraja a participação na Adoração a Eucaristia e a receber a Sagrada Comunhão na primeira sexta-feira de cada mês. Muitas orações foram escritas ao Sagrado Coração pelos Santos e também a Ladainha do Sagrado Coração que nos ajuda a ver a beleza desse tempo.

O Coração de Jesus é o centro de todos os corações. Fomos plasmados pelas mãos de Deus, somos fruto de sua ternura e sabedoria. Como pode uma criatura passar a vida sem ter contato com seu Criador? Como é possível que ignoremos que o Coração de Cristo é o nosso referencial, nossa identidade mais profunda de seres feitos a sua imagem e semelhança?

Celebrar o Sagrado Coração de Jesus é celebrar o amor do Mestre por nós, é assumir o compromisso de relacionarmo-nos com Ele, uma vez que toda devoção para ser autêntica, deve estar centrada na própria pessoa e na obra de Cristo. Não há como escolher apenas um aspecto, mas de encontrar e abraçar o mistério de sua totalidade que está centrada no seu Coração.

O “Salvador do Coração transpassado” não é apenas o ícone do amor de Deus, mas nos apresenta o estilo e a modalidade com que nós mesmos nos tornamos capazes de amar a Deus no Cristo e de nos amar uns aos outros com a graça do Espírito Santo. Uma visão bíblica do “coração” de Jesus encontra, em Cristo Vida, uma resposta de santidade para a santificação do coração.

“No Coração de Jesus quero viver, padecer e agir de acordo com os seus desígnios e é por ele que quero amar e aprender a sofrer bem. Entrego-lhe todas as minhas ações, para que delas disponha conforme sua vontade e repare as faltas que cometerei.”  Santa Margarida Maria Alacoque.

No dia seguinte, após a solenidade do Sagrado Coração de Jesus, celebramos a memória do Imaculado Coração de Maria. Não temos como falar do Filho sem falar da Mãe, não podemos celebrar o coração do Filho e não celebrar o coração da Mãe. Essas duas celebrações estão ligadas mostrando-nos um sinal litúrgico da proximidade desses dois corações: o mistério do coração do Salvador se projeta e se reflete no coração da Mãe, que é também companheira e discípula. Se a solenidade do Sagrado Coração de Jesus celebra os mistérios pelos quais fomos salvos, fazer memória do Coração Imaculado é celebrar a participação da mãe na obra salvífica do Filho. A devoção ao Imaculado Coração de Maria difundiu-se bastante após as aparições em Fátima, onde ela nos pedia a oração e o jejum para que a guerra se findasse.

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