Assumindo a Missão

“Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura”.

(Mc 16,15)

Toda a Igreja, seguindo as exigências da catolicidade e em obediência ao Seu Fundador, é chamada a anunciar o Evangelho a todos os homens.

Toda a Igreja, seguindo as exigências da catolicidade e em obediência ao Seu Fundador, é chamada a anunciar o Evangelho a todos os homens.
A missionariedade é propriedade da essência da Igreja, pois é desejo de Deus que todos sejam salvos pelo conhecimento da verdade, que é o próprio Cristo – “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6). E a Igreja, a quem essa verdade foi confiada, porque crê no projeto universal de salvação, deve estar em permanente estado de missão para revelá-la a todas as nações.
Através do Batismo somos imergidos nas águas que nos purificam e incorporados à Igreja como filhos de Deus. Como membros do Corpo de Cristo, assumimos a missão evangelizadora. Somos, portanto, discípulos missionários.  Discípulo é aquele que estuda, que segue o mestre para aprender. Missionário é aquele que foi incumbido de realizar uma missão.
A alegria do encontro com Aquele que nos salva, a descoberta do amor de Deus nos motiva a evangelizar. “Aqui está a fonte da ação evangelizadora. Porque, se alguém acolheu este amor que lhe devolve o sentido da vida, como é que pode conter o desejo de o comunicar aos outros?” (Evangelii Gaudium, n. 8). Quando reconhecemos Aquele que dá sentido à vida, somos impelidos a tomar um novo rumo e a testemunhar o amor salvífico de Deus que age em nós.
Muitos são os exemplos daqueles que fizeram a experiência do encontro com o Cristo e, ao terem suas vidas restauradas pelo Seu olhar misericordioso, saíram para evangelizar. Podemos tomar como exemplo a mulher samaritana que, ao ter a verdade sobre a sua vida revelada pelo Cristo, saiu para anunciar a todos que Ele era o Messias. Muitos samaritanos foram ao encontro de Jesus após ouvirem o testemunho daquela mulher e professaram a sua fé, pois fizeram também a experiência do encontro com Ele.
É tarefa de cada cristão batizado discernir o lugar que é chamado a ocupar na Igreja, pois “todos somos convidados a aceitar este chamado: sair da própria comodidade e ter coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho” (EG n. 20), como nos afirma o Papa Francisco. Devemos ter coragem para gastar a vida pela evangelização. Eis a nossa vocação primária.
Assumir a missão pode suscitar medos pela grandeza do que Deus nos pede. Muitas vezes nos sentimos incapazes de corresponder ao Seu chamado, nos consideramos limitados pelos nossos pecados, não reconhecemos em nós os dons, não nos sentimos capazes nem merecedores de assumir o papel de discípulo missionário, porém é preciso recordar os exemplos daqueles que confiaram e tudo largaram ao receberem o chamado “vem e segue-me”. Com a ousadia de filho de Deus, Pedro deixou a humildade da sua vida de pescador de peixes para se tornar pescador de homens, a pedra onde Cristo edificou a Sua Igreja; Mateus largou imediatamente a coletoria de impostos; João, o discípulo amado, deixou tudo para seguir Jesus e foi fiel a Ele até o fim, permanecendo aos pés da cruz e ao lado de Maria.
A nossa imperfeição deve ser estímulo para o crescimento. Aquele que se dispõe ao serviço missionário tem sua vida formada através de cinco aspectos: o encontro com Jesus Cristo, a conversão, o discipulado, a comunhão; a missão (Documento de Aparecida n. 278). Assumir a missão nos faz imitadores de Cristo: seguimos os Seus passos, damos continuidade ao Seu ministério e, nesse processo, nos tornamos iguais ao Divino Mestre.
“Ser discípulo é dom destinado a crescer. (…) forja a identidade cristã com as convicções fundamentais e acompanha a busca de sentido da vida” (DA n. 291). Portanto, com a autoridade que nos é dada por Deus, assumamos o nosso lugar na Igreja para servir Àquele que dá sentido às nossas vidas. Vale lembrar as palavras de Santa Catarina de Sena, utilizadas também por São João Paulo II, destinada aos jovens: “Se fordes aquilo que deveis ser, levareis fogo ao mundo inteiro!”.
Giselle Estupinhã, discípula da Com. Católica dom de Deus.

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